Em entrevista ao ‘The New York Times’, ex-chefe de gabinete de Donald Trump afirmou que republicano elogiou ditador nazista. Kamala diz que ex-presidente busca ‘poder sem controle’. Kamala Harris conversa com jornalistas em Washington, em 23 de outubro de 2024
REUTERS/Bonnie Cash
A democrata Kamala Harris disse, nesta quarta-feira (23), que Donald Trump está “cada vez mais desequilibrado” e o acusou de buscar um “poder sem controle”, após supostos elogios que o republicano teria feito a Adolf Hitler há alguns anos.
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Na terça-feira (22), o jornal The New York Times publicou uma entrevista de John Kelly, ex-chefe de gabinete de Donald Trump. Kelly afirmou que o republicano sugeriu que Hitler “fez algumas coisas boas”.
“Ele comentou mais de uma vez: ‘Sabe, Hitler também fez algumas coisas boas'”, relembrou.
Kamala Harris aproveitou a fala de Kelly para atacar Trump. Citando declarações de Kelly, Kamala disse que Trump “queria generais como os que Adolf Hitler tinha”.
“É profundamente preocupante e incrivelmente perigoso que Donald Trump invoque Adolf Hitler, o homem que foi responsável pela morte de seis milhões de judeus e de centenas de milhares de americanos”, afirmou Kamala.
Segundo a democrata, Trump está cada vez mais “desequilibrado” e instável. “Portanto, a conclusão é esta: sabemos o que Donald Trump quer: ele quer um poder sem controle”, opinou Harris.
John Kelly, que também é ex-general dos fuzileiros navais, confirmou que Trump se encaixa na definição de fascista.
“Certamente o ex-presidente está na área da extrema direita, é claro que é um autoritário, admira pessoas que são ditadores, ele mesmo já disse isso. Portanto, sem dúvida, se encaixa na definição geral de fascista, com certeza”, declarou.
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‘Desesperada’
A equipe de campanha de Trump, por sua vez, tratou de contra-atacar. Kamala “está cada vez mais desesperada, cambaleante, e sua campanha está em ruínas”, afirmou.
“Por isso, ela continua espalhando mentiras e falsidades descaradas que são fáceis de refutar”, disse o porta-voz Steven Cheung em um comunicado.
Mas a Casa Branca se manteve firme em seu apoio a Kelly e Kamala. Quando questionada se o presidente Joe Biden concorda com a avaliação de Kelly de que Trump é um fascista, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confirmou.
Outras declarações do republicano sobre a migração ilegal já lhe renderam comparações com Hitler. Os imigrantes “envenenam o sangue do país”, repetiu várias vezes nos últimos meses. Além disso, usou os termos “inimigo interno” e “vermes”.
A propaganda nazista referia-se aos judeus como “vermes”, entre outros adjetivos degradantes.
Trump promete reprimir os imigrantes em situação irregular e ativar uma lei de inimigos estrangeiros de 1798 para deportá-los. Ele afirma ainda que, se voltarem, serão condenados a 10 anos de prisão ou à pena de morte, caso tenham matado um americano ou policial.
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