Plantações sem agrotóxicos e reflorestamentos tem sido tendência de produtores no estado. ES se destaca na produção agrícola sustentável e setor deve receber R$ 50 bilhões
O setor agrícola é um dos motores da economia no Espírito Santo. A maior preocupação dos produtores capixabas é produzir de forma sustentável. E os produtores capixabas estão percebendo, cada vez mais, que esse tipo de produção, que respeita o meio ambiente e é justa do ponto de vista social também consegue ser economicamente viável.
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Há pelo menos 20 anos, a produção sem agrotóxicos já faz parte da vida de Domingas Maria Sagrillo, no interior de Linhares, no Norte do Espírito Santo.
Da produção de mel de abelhas sem ferrão a plantação de bananas e outras frutas, são pelos menos 11 tipos de alimentos. E a maioria leva o certificado de produto livre de agrotóxicos, o que agrega ainda mais valor ao produto final.
“Temos cacau, café, feijão, banana, mandioca, que a gente faz farinha, e produzo polvilho para fazer tapioca. Faço doce de cacau, laranja. De tudo a gente tem um pouco na propriedade. O que é bom pra mim, pra minha alimentação. Se eu gosto de comer um produto sem veneno, eu acho que o outro tem esse direito de se alimentar com um produto sem veneno também”, disse a produtora Domingas Maria Sagrillo.
Produção de abelhas sem ferrão em Linhares
Reprodução/TV Gazeta
A produtora também reflorestou uma grande área verde, pensando em um córrego que passa dentro da propriedade. Uma maneira de ajudar a manter a fonte de água que Domingas usa na própria produção.
Foram dois hectares recuperados pelas mãos dela e do marido. Um patrimônio que ela quer deixar para as próximas gerações e dar exemplo de produção ecologicamente viável.
“Diz o ditado que se não tiver água acabou a vida também, né? Então, a gente pensou: ‘vamos reflorestar’. Acho que é uma questão de sobrevivência mesmo. O importante é ter o suficiente, viver bem e ter uma vida saudável, a qualidade de vida que a gente tem que ter”, contou Domingas.
Produtora reflorestou área rural
Reprodução/TV Gazeta
O estado tem assumido uma posição de destaque no cenário econômico do país quando o assunto é plantações sustentáveis. Segundo o economista Antônio da Luz, o agro tem sido associado com as grandes indústrias.
“O agronegócio causa isso, uma conexão entre campo e cidade. Onde o produtor tá na propriedade dele e o pessoal na cidade, industrializando essas produções”, comentou o economista.
De acordo o diretor do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, o valor investido no estado para agronegócios vai ser fundamental para a geração de empregos.
“Esses avanços tecnológicos sustentáveis são característicos aqui do Espírito Santo, especialmente na porção norte, desde pequenas propriedades até o grande empreendimento. Esse investimento é muito promissor para a geração de emprego e renda. A gente vê empreendimentos na produção do coco, do mamão. Tem empreendimentos também da própria pecuária no norte do estado, que é de muito destaque”, completou Pablo Lira.
O Espírito Santo é destaque nacional, por exemplo, em algumas culturas, como mamão, pimenta-do-reino, café, ovos, inhame e outros. E quando o produtor associa a produção com sustentabilidade só tem a ganhar.
A maioria dos produtos é sem agrotóxico
Reprodução/TV Gazeta
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Fonte G1
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