Pode parecer estranho que, mesmo após três anos de pandemia, quando o mundo teve de funcionar por meio de home office e reuniões por plataformas digitais, a CBF tenha decidido tirar o técnico Ramon Menezes da Argentina, no meio da disputa do Mundial Sub-20, trazê-lo para o Rio de Janeiro e depois levá-lo de volta ao país vizinho, só para ele fazer a convocação da seleção brasileira na sede da confederação.
É isso mesmo, o treinador esteve no banco de reservas neste sábado (27), no 2 a 0 do Brasil contra a Nigéria, em Mendoza, na Argentina, e garantiu a classificação para as oitavas de final da competição, participou de todas as obrigações impostas pela Fifa em partidas de Mundial e viajou 3.350,7 quilômetros para chegar ao Rio de Janeiro.
Como, não existe voo direto da cidade de Mendoza para o Rio de Janeiro, então ele teve de fazer ao menos uma parada em Buenos Aires, com isso ficou mais de nove horas em trânsito.
Normalmente, a convocação da seleção e a entrevista coletiva, que acontece após divulgação dos nomes, demora cerca de uma hora. Provavelmente, até as 14h, Ramon estará livre, claro contando com um tempinho para o almoço, para recomeçar a maratona e voltar a Mendoza. Na programação, amanhã e comandar o treino de amanhã do time sub-20.
Vale lembrar que os jogadores e o restante da comissão técnica da equipe sub-20 estão de folga neste domingo, já o comandante tem toda essa maratona para vencer.
Campanha contra o racismo
A CBF pretende usar esses dois jogos da Data Fifa, que acontecerão na Espanha e em Portugal, para fazer campanha contra o racismo e demonstrar apoio a Vinicius Jr., que no último fim de semana sofreu com insultos racistas durante partida contra o Valencia, pela LaLiga.
No sábado, dia 17 de junho, a seleção enfrenta Guiné, em Barcelona, no estádio Cornellà-El Prat, do Espanyol. Na terça-feira, dia 20, o Brasil pega Senegal, em Lisboa, no estádio do Sporting José Alvalade.
Quase seis meses depois, relembre como estava o mundo do futebol quando o Brasil tinha treinador